A
convenção Internacional sobre os Direitos da Criança completou 30 anos e há números
a comemorar, entre eles, a redução grande da mortalidade infantil e de analfabetismo.
Mas
os dados mostram outra face que precisa ser enfrentada se o país quiser transformar
as gerações futuras, pois, segundo o relatório do Fundo das Nações Unidas para
a Infância (UNICEF) mais de 26 milhões de crianças ou 44% do total de crianças
e adolescentes menores de 18 anos sofrem privação de algum dos direitos fundamentais.
O não
cumprimento dos direitos fundamentais aumenta à medida que as crianças aumentam
de idade chegando atingir o nível de 58% na faixa de 11 a 13 anos e de mais de
60% na faixa de 14 a 17 anos.
O
relatório mostra que, mesmo tendo havido melhoria, ainda é muito grande a quantidade
crianças e adolescentes no Brasil que sofrem privações. Os números mostram que
falta saneamento básico para mais de 13 milhões; educação para 8,8 milhões,
água para 7,5 milhões, informação para 6,8 milhões, moradia para 5,9 milhões e
trabalho infantil que atinge 2,5 milhões de crianças.
De
tudo, o que mais preocupa é que trata da evasão escolar que atinge outros 2 milhões
de jovens. Sendo a parcela mais vulnerável pobres, negros, índios e quilombolas.
Nesse grupo, há os que deixam a escola para trabalhar e contribuir com a renda
familiar e as vítimas do alto índice de reprovação que contribuição para o
desalento de muitas adolescentes. Contribuiu ainda para a evasão a deficiência
de transporte escolar, falta de professores e a violência no ambiente escolar
que atingem alunos das periferias dos grandes centros urbanos do país.
A
pesquisa do Unicef é outro entre os muitos dados que mostram descumprimento de
direitos de crianças e adolescentes no país, ela apenas confirma a necessidade
de políticas públicas capazes de suprir essas lacunas para restabelecer os direitos
previstos Convenção Internacional, o envolvimento da sociedade e, mais que
isso, é uma necessidade do país pensar nas suas crianças e adolescentes, pois
pensar neles é pensar também no futuro da própria nação.
Nenhum comentário: