Dos 8,3 mil médicos cubanos
que atuam no Brasil, cerca de 1,4 mil são casados com brasileiros, afirma a Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas). Os números foram atualizados e divulgados ao G1
nesta quarta-feira (21). A informação é do G1.
O Opas afirma que a primeira versão do acordo entre Cuba e Brasil
previa que todos os médicos que haviam cumprido três anos de missão deveriam
voltar a Cuba. Entretanto, uma atualização nas regras feita em 2016 passou a
permitir que os médicos que constituíram família com brasileiros não
precisariam se submeter ao prazo inicial.
Quando anunciou o
encerramento do convênio, Cuba não apontou exceções dentro da sua convocação de
retorno dos profissionais. De acordo com especialistas ouvidos pelo G1, o
casamento pode facilitar a obtenção de visto de permanência no Brasil. O
presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que concederá asilo para aqueles que
desejarem ficar.
No último dia 14, Cuba
decidiu encerrar a participação no programa, citando "referências diretas,
depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro
à presença dos médicos cubanos no Brasil. Desde 2013, o país envia
profissionais ao Brasil com intermediação da Opas, para atender pessoas em
regiões sem cobertura médica.
Nesta quarta-feira (14), o
Ministério da Saúde abriu as inscrições do Mais Médicos para profissionais
formados no Brasil ou com diploma revalidado no país. Os interessados poderão
se inscrever até domingo (25) para 8.517 vagas. Segundo o Ministério, outro edital
deverá ser publicado na próxima segunda-feira (26), quando médicos estrangeiros
poderão se inscrever - inclusive cubanos.
Quando procurada sobre o
assunto, a assessoria da Opas afirmou que os acordos firmados entre a
organização e os governos brasileiro e cubano não têm detalhes sobre
impedimentos para a reunião familiar dos médicos estrangeiros.
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