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Nordeste: Do Sofrimento ao Desespero!

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Quero dedicar esse pequeno artigo aos Senadores e a toda bancada Federal de Alagoas. 
Por Eliseu Gomes

Srs. Senadores, Srs. Deputados. A seca, um fenômeno cíclico, tem sido o motivo, ou um dos motivos da pobreza da região. Isso é notório, pois Euclides da Cunha no final do século IX se referia à periodicidade com que o fenômeno acontece quando justificava em seu livro, Os Sertões, a etiologia da nossa indigência. Desde então evoluímos, somos capazes de prever com muita antecipação, pois sabemos os motivos que causam o fenômeno batizado de El Ninho.
Pois bem, há exatos trinta anos, vivíamos uma das piores secas do Século XX, foram seis longos anos de estiagem que desestruturou toda agricultura e pecuária da região. Pasmem, foram seis anos de seca acompanhada da maior crise econômica até então enfrentada pelo Brasil. Foi a época da hiperinflação, da famigerada Maxi desvalorização do Cruzeiro, fato que levou a falência quase todo parque industrial do Nordeste, culminando com o suicídio de um dos seus maiores representantes: Antonio Carlos Antunes de Menezes.
Enfrentamos nesse meio tempo, a seca de 1997/ 98- essa do ciclo dos sete anos- ficou registrada como a estiagem mais severa e que mais causou estragos a economia nordestina. Até hoje, os produtores da região não conseguiram se reestruturar.
Outro fato de grande relevância na história dessa seca, é que essa, foi prevista com grande antecedência pelos institutos de pesquisas como o IMPE, IPTEC e pela NASA, que alertaram ao Governo federal que a seca viria. Esses institutos ainda aconselharam quais medidas deveriam ser tomadas para minorar as terríveis consequências da seca prevista. O Governo Federal, ao invés de adotar as medida sugeridas, fez exatamente o contrário, iniciou a maior campanha de endividamento rural que se tem notícia na região. A seca veio como prevista, e, mais uma vez arrasou toda economia, com terríveis desdobramentos para os produtores até esse exato momento.
Srs Senadores, Deputados, a seca que se abate sobre o Nordeste atualmente foi também prevista, pois estamos no ciclo dos trinta anos, de 1986 a 2016 são exatamente trinta anos. O que seria impossível prever, é que trinta anos depois teríamos a reedição do flagelo da seca de 1980 com um agravante, está atrelada à outra crise econômica que faz do momento atual o mais grave que qualquer outro na história desse país e da região em tela.

A seca castiga por um lado, a atual crise da economia desemprega, joga na lista negra da inadimplência milhares de trabalhadores, ao passo que centenas de cidades da região entram no cadastro de “Estado de Emergência”.

Os produtores na crise dos anos 80, nada deviam, e tinham no São Francisco a esperança de um povo inteiro. Hoje é diferente, possuem débitos com o BNB que vencem agora em Dezembro, se não forem quitados os bancos oficiais tomam o pouco que resta através de execuções judiciais. Será um ato de traição para com os nordestinos, se os seus representantes em Brasília não apresentarem uma solução digna para o impasse, onde o trabalhador, o empresário, possa resolver esse impasse com dignidade e com condições de continuar a frente de seu pedaço de terra cumprindo seu papel social mais importante: Produzir.
É lamentável, como é tratado o Nordeste, esse pedaço do Brasil tão rico culturalmente, tão bonito… Tão abandonado…até o nosso Rio São Francisco, que é o berço da nacionalidade, de tão tripudiado, de tão violentado está seco, está morto…E assim seguimos nós, até agora sozinhos, de esperança em esperança,do sofrimento ao desespero…
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Colunista do blog Ferreira Delmiro
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